segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

COMUNIDADE SENHOR BOM JESUS – VICENTINÓPOLIS A VIDA DA COMUNIDADE


COMUNIDADE SENHOR BOM JESUS – VICENTINÓPOLIS
A VIDA DA COMUNIDADE
         Sempre houve a necessidade de conhecermos a formação de nossa comunidade, o início das atividades da Igreja Senhor Bom Jesus, época de sua instalação, os motivos que levaram as famílias a se instalarem em suas imediações e as razões pela escolha do padroeiro. Inúmeras são as perguntas e poucas as respostas que encontramos, principalmente em relação a datas.
         Pesquisando a história da comunidade, em fontes divulgadas oficialmente como Prefeituras, Cartórios de Registro de Notas e Imóveis e em documentos públicos, encontramos fatos históricos que se iniciam com o desenvolvimento do oeste paulista, ou sertão paulista como chamado antigamente.
Historicamente, o município de Jaboticabal, no ano de 1867, abrangia as regiões de São José do Rio Preto, Jales, Fernandópolis, Votuporanga, Araçatuba, Barretos, Catanduva, Novo Horizonte, entre outras, estando limitados pelos rios Mogi Guaçu, Grande, Tietê e Paraná. Desde então, Jaboticabal teve diversos desmembramentos dando vida a outros municípios.
A expansão da cafeicultura para o oeste do Estado de São Paulo, na segunda metade do século XIX, além da implantação das ferrovias, foram os marcos do desenvolvimento da região, (1), local onde hoje nos encontramos.
 Em 1º de Julho de 1898, foram cortados e loteados terrenos (glebas de terras), sítios e fazendas no chamado Sertão de Rio Preto  
Uma estrada Boiadeira, com demanda ao Sertão rumo ao Porto Taboado, passava pelo Patrimônio Água Limpa, ponto de pouso de boiadas e comitivas que por ali transitavam.
Com a venda de glebas de terra aportaram desbravadores que deram início a derrubada das matas e o plantio de café, cereais etc, Como ocorria em muitas localidades, naquela época os lotes eram oferecidos gratuitamente para aqueles que tinham condições de construir.
A 08 de fevereiro de 1912, o Patrimônio Água Limpa, foi elevado a categoria de Distrito Policial. Com ajuda do povo da cidade e da região houve a venda de terrenos foreiros. (2) O referido patrimônio tornou-se o atual município de Monte Aprazível comarca que inicialmente recebia os registros de nossa região. (3)
As Bandeiras, símbolo maior do desbravamento do interior do Estado de São Paulo, ainda no período colonial, foram os primeiros grupamentos civilizados a registrar passagem por estes rincões utilizando a navegabilidade do rio Tietê. No entanto, não deixaram qualquer sinal de civilização ou povoamento. Alguns parcos registros históricos mencionam mapeamentos feitos na região com o escopo de encontrar pedras preciosas  e outras riquezas que pudessem dar lucro ao império português.
Mais tarde, já no período republicano, início do século XX, o anseio de povoar o interior do País com o intuito de pacificá-lo como nação, ratificando o trabalho iniciado pelos Bandeirantes, e defendendo nossa soberania contra os interesses de outros países, somado à necessidade de escoar a produção aurífera das novas minas de Cuiabá fez surgir a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), que havia sido idealizada ainda no período imperial pelo próprio D. Pedro II, mas que não tinha saído do papel.
Apesar das dificuldades, com o passar do tempo a estrada de ferro foi avançando sertão à dentro. Concomitantemente surgiram alguns lugarejos ao longo do traçado. Entre esses, um inaugurado em 02 de dezembro de 1908 foi a estação Araçatuba. Há até uma teoria de que a NOB e alguns  políticos mantinham um relacionamento estreito, manipulando a criação de cidades ao longo da ferrovia onde se fariam pequenos loteamentos visando facilitar no futuro a reclamação das terras e conseqüentemente evitar as disputas judiciais. (4)
Nesta época o desenvolvimento da região se dava pelos dois lados do rio Tietê. De um lado temos a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil que foi aberta em 1906 e que chega em Araçatuba em 1908 e em 1910 atingiu as margens do rio Paraná, em Jupiá. (5).
         Pelo outro lado do Rio Tietê com a chegada da Estrada de Ferro Araraquarense (EFA), em 1912, até Rio Preto, aquele município assume o seu destino de pólo comercial de concentração de mercadorias produzidas no então conhecido Sertão e polo de distribuição de materiais vindos da capital.(6)
Em 17 de fevereiro de 1919, o Senhor Thomas Sebastião de Mendonça, e sua esposa, cumprindo promessa religiosa, doam uma gleba de terra de 10 alqueires ao bispado de São Carlo, para que ali fosse fundado um povoado em homenagem aos seus santos devotos, Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo.
A 31 de dezembro de 1963 é publicada no Diário Oficial do Estado, a elevação da vila a condição de Distrito, com a transferência da sede do Distrito de Major Prado para Santo Antônio do Aracanguá.
A ascensão a município veio depois de muitas lutas. Em 19 de maio de 1991, finalmente a população de Santo Antônio do Aracanguá aprova em plebiscito, a sua emancipação política, desmembrando-se do município de Araçatuba e, abrangendo em sua área territorial os bairros rurais de Major Prado e Vicentinópolis, que hoje são Distritos de Santo Antônio do Aracanguá.(7)
            Aprofundando a pesquisa encontramos no Cartório do Registro de Imóveis de Monte Aprazível a Transcrição sob número 541, livro n. 3, página 167, aonde o Senhor Augusto Ribeiro da Silva, vindo de Jaboticabal trazido por José Bento de Camargo, faz o registro da aquisição de terras situadas na Fazenda Macahubas, adquiridas do Senhor Joaquim Costa e de sua esposa a senhora Elvira S. Costa, confrontando-se por um lado com o adquirente, por outro com Jose Bento de Camargo por outro com Francisco Lisboa e finalmente com o córrego Macahubas, registro este realizado em 11/10/1928.
Encontramos também outros registros realizados em 26/11/1931 e 12/12/1931, Transcrição número 2.215, livro n. 2-C, página 136, do Cartório do 1º Ofício de Rio Preto, onde consta o registro de recebimento por Sentença Homologada em Rio Preto em 21/09/1915 de suas primeiras aquisições de terras onde hoje nos encontramos.
Importa que nestes documentos pesquisados consta também a partilha feita pelo espólio de Anna Pereira Ribeiro, transcrições n. 8.570 a 8.578, registradas no livro n. 3-J, páginas 274 a 283 de 10/10/1938, onde aparece como confrontante da área partilhada a “Matriz da Povoação de Vicentinópolis”.
Neste mesmo documento há inclusive a seguinte citação: “...até encontrarem um marco de pau-terra na divisa com Abrão Chibene e tomando por estas seguem no rumo S.E. 2º700 metros até uma rua sem nome da povoação de Vicentinópolis e seguindo por essa rua até o largo da Igreja, contornando-se o largo vão até a casa de Abrão Chibene e daí tomando a estrada de automóvel que vai para Araçatuba...”
Assistindo ao documentário produzido pela família, confirma-se a primeira aquisição do patriarca Augusto Ribeiro da Silva no ano de 1905, e registro da propriedade em 1912, dado que se aproximam da pesquisa realizada.
Interessa-nos que nestes documentos há o reconhecimento da área de terras de propriedade da “Igreja Matriz de Vicentinópolis”, ou seja, a Igreja Senhor Bom Jesus de Vicentinópolis.
São muitos os nomes da época, diversas famílias vieram para esta região, adquiriram suas propriedades, e, além da agricultura e pecuária, exploravam olarias.
Vale ressaltar que estas famílias em algum momento formaram esta comunidade e com seus esforços e dedicações escolheram Jesus como padroeiro a quem recorrer e pedir intercessões a Deus. Lembrando o que ele mesmo ensinou, “onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, ali eu estarei”.
Consta que a princípio era uma Igrejinha de pau a pique, depois fizeram um prédio de alvenaria em seguida ampliaram e construiram a torre trocando inclusive o sino por outro maior (não encontramos registros de datas), vindo novamente ser ampliada na década de 1990 ficando da forma que se encontra hoje.
Assim como a Igreja, logo providenciaram um salão para festas e um coreto de onde se leiloavam os frangos e prendas trazidos pelas famílias em oferta e agradecimento. Há relatos de que o frango era assado nas casas pela própria família que os doava já assado.
O antigo salão também fora ampliado e posteriormente demolido na década de 1980 onde no local foi feita a construção da forma como é hoje e posteriormente ampliado nas décadas de 1990 e 2000. Recentemente (2010) tem nova ampliação, agora da cozinha.
Diversos padres e religiosas passaram por nossa comunidade, inclusive há o registro de um certo Padre Epifâneo, inclusive homenageado com nome de rua, porem nada sabemos de sua vida, o que nos entristece.
Encontramos nas Transcrições de Registro de Imóveis os seguintes nomes de pessoas que acreditamos serem os fundadores desta Localidade:
1.     José Bento de Camargo e sua esposa
Antonia Honorata de Jesus
2.     Augusto Ribeiro da Silva
3.     Joaquim Costa e sua esposa Elvira S. Costa
4.     Francisco Lisboa
5.     Justino Pereira Dias
6.     Delfina Maria de Jesus
7.     João Lisboa
8.     Samuel
9.     Gracinda
10.                        Miguel Mazzotti
11.                       Abrão Chibene
Ressaltamos que não há o interesse de privilegiar ou desmerecer alguma família, estamos em busca da origem de nossa comunidade e convidamos a todos que façam seus relatos por escrito, junte documentos, fotos, cópia de escrituras antigas e nos envie para juntos apurarmos e construirmos nossa verdadeira história.
Concluindo podemos declarar como registro inicial oficial o ano de 1912 como sendo de fundação desta comunidade, ou seja, contanto com 98 anos de idade rumo ao seu centenário em 2012. Podendo também estar completando 105 anos tomando por certo o documentário produzido pela família. Caso alguém encontre documentos que provem e contrarie esta pesquisa seus dados poderão ser alterados e publicados posteriormente. Há muita pesquisa ainda por fazer.
FONTE DE PESQUISA
1 - Prefeitura de Jaboticabal
2 – Foreiro – Aquele que faz uso de uma propriedade, recebe lucro e paga uma quantia anualmente ao senhorio ou q  ue tem uso ou privilégio garantido pela lei.
3- Cartório de Registro de Imóveis de Araçatuba
4 -Prefeitura Municipal de Monte Aprazível
5 - História da Ferrovia
6 –Prefeitura municipal de São José do Rio Preto
7 – Prefeitura Municipal de Santo Antonio do Aracanguá
8- Pesquisa realizada pelo prof. Mauricio Camargo

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Para que serve a escola?


Depoimentos 

Questionar para que serve a escola, não é uma prerrogativa somente dos especialistas, mas sim representa uma preocupação social que envolve todos os cidadãos. Neste espaço, a Pátio apresenta um breve, porém diversificado painel de opiniões sobre o tema.
Ano I - Nº 03 - Para que serve a Escola? - Novembro de 1997 à Janeiro de 1998

O que é bullying? Confira a definição

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-494973.shtml

Concurso de redação da Academia Brasileira de Letras e Itamaraty

Concurso de redação da Academia Brasileira de Letras e Itamaraty
Público-alvo: Poderão ser inscritos alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, regularmente matriculados em escola reconhecida. A redação visa avaliar a capacidade de expressão escrita e o conhecimento dos estudantes sobre a vida e a obra de Rio Branco, Patrono da Diplomacia Brasileira.
Quando: A data limite para entrega da redação será a dia 10 de março de 2012.
Local: Concurso nacional
Preço: Gratuito
Informações: aqui