Isabel Alarcão
Professores Reflexivos em uma escola reflexiva, (pag. 81 a 83), Ed. Cortez, 2003
Tomando, como enquadramento, a definição e o comentário que, em seu redor, eu teci, gostaria agora de expandir um pouco esta ideia de escola, comunidade social organizada, detentora de uma missão e características específicas.
Vou apoiar-me em palavras de Maria do Céu Roldão (2001), que ligeiramente modifiquei para caracterizar a escola como eu gostaria que fosse. Quero uma escola comunidade, dotada de pensamento e vida próprios, contextualizada na cultura local e integrada no contexto nacional e global mais abrangente. Não quero, pois, uma escola burocratizada que seja uma mera delegação ministerial. Desejo assim uma escola que conceba, projecte, actue e reflicta em vez de uma escola que apenas executa o que outros pensaram para ela. Uma escola que tenha uma ambição estratégica por oposição a uma escola que não tem visão e não sabe olhar-se no futuro. Não quero uma escola que se lamente do insucesso como um pesado e frustrante fardo a carregar, mas uma escola que questione o insucesso nas suas causas para, relativamente a elas, traçar planos de acção. Uma escola que reflicta sobre os seus próprios processos e as suas formas de actuar e funcionar. Uma escola que analise, desconstrua e refaça as suas opções e a sua acção curricular. Uma escola que saiba criar as suas próprias regras. Mas que, ciente da sua autonomia responsável, saiba prestar contas da sua actuação, justificar os resultados e auto-avaliar-se para definir o seu desenvolvimento. Em vez de uma escola que apenas cumpre as regras emanadas de outrem sem que ninguém avalie nada nem ninguém. Uma escola que se alimente do saber, da produção e da reflexão dos profissionais, os professores que, por isso mesmo, não se sentem meros assalariados. Uma escola à qual não é necessário ditar a formação requerida porque ela própria conhece as suas necessidades, cria os seus contextos de formação e integra a formação no seu desenvolvimento institucional. Uma escola que onde tudo gira à volta da sua missão: educar as novas gerações. Em suma, uma escola com cara, como diria Paulo Freire, e não apenas uma escola... anónima.
Gostaria de acrescentar ainda mais um pozinho para me referir a uma escola de que todos se orgulham: os alunos, os professores, os funcionários, os pais, a comunidade envolvente. Quer isto dizer, uma escola onde os professores se sintam felizes e úteis à sociedade e onde os alunos apreciem como bom é crescer em saber.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Competências de referência - Competências mais específicas a serem trabalhadas em formação contínua
Exemplos:
1. Organizar e animar situações de aprendizagem
• Conhecer, em uma determinada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em objetivos de aprendizagem.
• Trabalhar a partir das representações dos alunos.
• Trabalhar a partir dos erros e obstáculos à aprendizagem.
• Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas
• Comprometer os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.
2. Gerir a progressão das aprendizagens
• Conceber e gerir situações-problema ajustadas aos níveis e possibilidades dos alunos.
• Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino primário.
• Estabelecer laços com teorias subjacentes às atividades de aprendizagem.
• Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, segundo uma abordagem formativa.
• Estabelecer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão.
3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação
• Gerir a heterogeneidade dentro de uma classe.
• Ampliar a gestão da classe para um espaço mais vasto.
• Praticar o apoio integrado, trabalhar com alunos em grande dificuldade.
• Desenvolver a cooperação entre alunos e certas formas simples de ensino mútuo.
4. Implicar os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho
• Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com os conhecimentos, o sentido do trabalho escolar e desenvolver a capacidade de auto-avaliação na criança.
• Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou da escola) e negociar com os alunos diversos tipos de regras e contratos.
• Oferecer atividades de formação opcionais, " à la carte ".
• Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
5. Trabalhar em equipe
• Elaborar um projeto de equipe, representações comuns.
• Animar um grupo de trabalho, conduzir reuniões.
• Formar e renovar uma equipe pedagógica.
• Confrontar e analisar juntos situações complexas, práticas e problemas profissionais.
• Administrar crises ou conflitos entre pessoas.
6. Participar da gestão da escola
• Elaborar, negociar um projeto da escola.
• Gerir os recursos da escola.
• Coordenar, animar uma escola com todos os parceiros (para-escolares, bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de origem).
• Organizar e fazer evoluir, dentro da escola, a participação dos alunos.
7. Informar e implicar os pais
• Animar reuniões de informação e de debate.
• Conduzir entrevistas.
• Implicar os pais na valorização da construção dos conhecimentos.
8. Utilizar tecnologias novas
• Utilizar softwares de edição de documentos.
• Explorar as potencialidades didáticas dos softwares em relação aos objetivos das áreas de ensino.
• Promover a comunicação à distância através da telemática.
• Utilizar instrumentos multimídia no ensino.
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
• Prevenir a violência na escola e na cidade
• Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais.
• Participar da implantação de regras da vida comum envolvendo a disciplina na escola, as sanções e a apreciação de condutas.
• Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em classe.
• Desenvolver o sentido de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.
10. Gerir sua própria formação contínua
• Saber explicitar as próprias práticas.
• Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua.
• Negociar um projeto de formação comum com colegas (equipe, escola, rede)
• Envolver-se nas tarefas na escala de um tipo de ensino ou do DIP.
• Acolher e participar da formação dos colegas.
Philippe Perrenoud - 10 novas competências para ensinar.
1. Organizar e animar situações de aprendizagem
• Conhecer, em uma determinada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em objetivos de aprendizagem.
• Trabalhar a partir das representações dos alunos.
• Trabalhar a partir dos erros e obstáculos à aprendizagem.
• Construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas
• Comprometer os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.
2. Gerir a progressão das aprendizagens
• Conceber e gerir situações-problema ajustadas aos níveis e possibilidades dos alunos.
• Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino primário.
• Estabelecer laços com teorias subjacentes às atividades de aprendizagem.
• Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, segundo uma abordagem formativa.
• Estabelecer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão.
3. Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação
• Gerir a heterogeneidade dentro de uma classe.
• Ampliar a gestão da classe para um espaço mais vasto.
• Praticar o apoio integrado, trabalhar com alunos em grande dificuldade.
• Desenvolver a cooperação entre alunos e certas formas simples de ensino mútuo.
4. Implicar os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho
• Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com os conhecimentos, o sentido do trabalho escolar e desenvolver a capacidade de auto-avaliação na criança.
• Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou da escola) e negociar com os alunos diversos tipos de regras e contratos.
• Oferecer atividades de formação opcionais, " à la carte ".
• Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
5. Trabalhar em equipe
• Elaborar um projeto de equipe, representações comuns.
• Animar um grupo de trabalho, conduzir reuniões.
• Formar e renovar uma equipe pedagógica.
• Confrontar e analisar juntos situações complexas, práticas e problemas profissionais.
• Administrar crises ou conflitos entre pessoas.
6. Participar da gestão da escola
• Elaborar, negociar um projeto da escola.
• Gerir os recursos da escola.
• Coordenar, animar uma escola com todos os parceiros (para-escolares, bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de origem).
• Organizar e fazer evoluir, dentro da escola, a participação dos alunos.
7. Informar e implicar os pais
• Animar reuniões de informação e de debate.
• Conduzir entrevistas.
• Implicar os pais na valorização da construção dos conhecimentos.
8. Utilizar tecnologias novas
• Utilizar softwares de edição de documentos.
• Explorar as potencialidades didáticas dos softwares em relação aos objetivos das áreas de ensino.
• Promover a comunicação à distância através da telemática.
• Utilizar instrumentos multimídia no ensino.
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
• Prevenir a violência na escola e na cidade
• Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais.
• Participar da implantação de regras da vida comum envolvendo a disciplina na escola, as sanções e a apreciação de condutas.
• Analisar a relação pedagógica, a autoridade, a comunicação em classe.
• Desenvolver o sentido de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.
10. Gerir sua própria formação contínua
• Saber explicitar as próprias práticas.
• Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua.
• Negociar um projeto de formação comum com colegas (equipe, escola, rede)
• Envolver-se nas tarefas na escala de um tipo de ensino ou do DIP.
• Acolher e participar da formação dos colegas.
Philippe Perrenoud - 10 novas competências para ensinar.
AGRESSIVIDADE E APRENDIZAGEM
A questão da falta de motivação para o envolvimento na aprendizagem do ensino regular nas escolas é um dos pontos mais angustiantes para pais e professores. Se por um lado, em casa, os pais dizem não saber mais o que fazer para modificar a situação, por outro, na escola, os professores também vão perdendo a motivação frente às dificuldades cotidianas com os alunos.
Existem muitas propostas de entendimento desse fenômeno, todas trazendo valiosas contribuições, quase sempre enfocando aspectos sociais e disciplinares do contexto de vida dos jovens. Contudo, pelo ponto de vista psicanalítico, teremos que buscar as causas nas raízes das manifestações comportamentais, ou seja, nos instintos básicos que emanam do inconsciente. Se falamos da falta de motivação – e ela é um aspecto da subjetividade do ser humano – teremos que analisar as pulsões mais primitivas que sustentam nossos desejos, ou a falta deles.
Partimos da existência de dois instintos básicos – a libido e a agressividade – presentes como forças dinâmicas do psiquismo humano. Com vistas aos propósitos em questão, estaremos apenas nos detendo em algumas características do estudo da agressividade.
O instinto agressivo atua no sentido da desagregação da matéria, como uma pulsão de morte, tendo aspectos de sua manifestação na economia interna das forças psíquicas, como também nos comportamentos externos que delas vão resultar. A agressividade, por isso mesmo, acaba sendo um componente importante à intervenção no meio social pelo homem, quando associada de forma equilibrada à libido.
Apesar de somente se tornarem manifestos em situações patológicas, existem na agressividade, componentes sádicos e masoquistas como expressões destrutivas e autodestrutivas da vida. Um sintoma clássico do componente sádico é a dominação. Quem já teve acesso a alguma leitura ou reportagem sobre atitudes sado-masoquistas nas relações sexuais já pode verificar um tipo de manifestação sádica da dominação. Assim sendo, a dominação engloba um comportamento de uso por apropriação de algum objeto afetivo, que pode ser desde outro ser humano até ... o conhecimento. Isso mesmo, interessar-se pelo estudo é uma pulsão sadia de dominação derivada do instinto de agressividade.
Entretanto, todo instinto na forma original tem sua manifestação direcionada para algum órgão do corpo biológico. A libido para os órgãos sexuais e a agressividade para o sistema muscular. Enquanto esses instintos permanecem fixados em sua destinação original, eles catexizam pouco outras áreas do ser humano (catexizar é investir um objeto com a energia do instinto). O que vai promover tal mudança – da destinação original para outras áreas – é um fenômeno a que chamamos de sublimação, que consiste em desviar a pulsão para outros focos onde ela possa se manifestar livremente mas também de forma socialmente sadia. Estudar é uma forma de sublimação dos instintos agressivos.
Mas, vejamos que nossas crianças e jovens vêm sendo estimulados por toda espécie de condicionamentos violentos, presentes em grande parte das programações da TV, incitando-os a descarregar a agressividade em comportamentos também violentos, ao invés de sublimá-la em outras direções, como nos estudos, onde estariam se apropriando, por dominação, do conhecimento.
Vocês já pensaram que antigamente quando não havia tanta divulgação da violência a situação nas escolas era diferente? Vocês já pensaram que as maiores vítimas dessas dificuldades são os meninos, justamente porque eles possuem mais massa muscular, o que favorece a descarga da agressividade pelo corpo e não a sua sublimação no estudo? Pois creiam, é isso mesmo o que acontece, o que não invalidam outras explicações possíveis, mas que estariam mais como reforço do processo do que como causa primária.
E reparem que a maioria desses jovens que mergulham nesta situação, quando passam a ser discriminados pela escola, pela sociedade e até pela família, baixam sua auto-estima; com a conseqüente diminuição de investimento da libido e do prazer de viver, a agressividade se torna prevalente, resultando em atitudes agressivas contra o ambiente social e contra si mesmos: um comportamento patológico da agressividade, com a presença de seus componente sádicos e masoquistas, gerando violências internas (vícios de toda ordem por exemplo) e externas (criminalidade).
Por isso não podemos pensar a falta de motivação para o estudo apenas do ponto de vista das dificuldades ambientais, como a falta de incentivo pela família, mas como uma doença psíquica, com componentes sociais e que como tal precisa ser abordada.
João Carvalho Neto
Psicanalista, autor do livro “Psicanálise da alma”
Existem muitas propostas de entendimento desse fenômeno, todas trazendo valiosas contribuições, quase sempre enfocando aspectos sociais e disciplinares do contexto de vida dos jovens. Contudo, pelo ponto de vista psicanalítico, teremos que buscar as causas nas raízes das manifestações comportamentais, ou seja, nos instintos básicos que emanam do inconsciente. Se falamos da falta de motivação – e ela é um aspecto da subjetividade do ser humano – teremos que analisar as pulsões mais primitivas que sustentam nossos desejos, ou a falta deles.
Partimos da existência de dois instintos básicos – a libido e a agressividade – presentes como forças dinâmicas do psiquismo humano. Com vistas aos propósitos em questão, estaremos apenas nos detendo em algumas características do estudo da agressividade.
O instinto agressivo atua no sentido da desagregação da matéria, como uma pulsão de morte, tendo aspectos de sua manifestação na economia interna das forças psíquicas, como também nos comportamentos externos que delas vão resultar. A agressividade, por isso mesmo, acaba sendo um componente importante à intervenção no meio social pelo homem, quando associada de forma equilibrada à libido.
Apesar de somente se tornarem manifestos em situações patológicas, existem na agressividade, componentes sádicos e masoquistas como expressões destrutivas e autodestrutivas da vida. Um sintoma clássico do componente sádico é a dominação. Quem já teve acesso a alguma leitura ou reportagem sobre atitudes sado-masoquistas nas relações sexuais já pode verificar um tipo de manifestação sádica da dominação. Assim sendo, a dominação engloba um comportamento de uso por apropriação de algum objeto afetivo, que pode ser desde outro ser humano até ... o conhecimento. Isso mesmo, interessar-se pelo estudo é uma pulsão sadia de dominação derivada do instinto de agressividade.
Entretanto, todo instinto na forma original tem sua manifestação direcionada para algum órgão do corpo biológico. A libido para os órgãos sexuais e a agressividade para o sistema muscular. Enquanto esses instintos permanecem fixados em sua destinação original, eles catexizam pouco outras áreas do ser humano (catexizar é investir um objeto com a energia do instinto). O que vai promover tal mudança – da destinação original para outras áreas – é um fenômeno a que chamamos de sublimação, que consiste em desviar a pulsão para outros focos onde ela possa se manifestar livremente mas também de forma socialmente sadia. Estudar é uma forma de sublimação dos instintos agressivos.
Mas, vejamos que nossas crianças e jovens vêm sendo estimulados por toda espécie de condicionamentos violentos, presentes em grande parte das programações da TV, incitando-os a descarregar a agressividade em comportamentos também violentos, ao invés de sublimá-la em outras direções, como nos estudos, onde estariam se apropriando, por dominação, do conhecimento.
Vocês já pensaram que antigamente quando não havia tanta divulgação da violência a situação nas escolas era diferente? Vocês já pensaram que as maiores vítimas dessas dificuldades são os meninos, justamente porque eles possuem mais massa muscular, o que favorece a descarga da agressividade pelo corpo e não a sua sublimação no estudo? Pois creiam, é isso mesmo o que acontece, o que não invalidam outras explicações possíveis, mas que estariam mais como reforço do processo do que como causa primária.
E reparem que a maioria desses jovens que mergulham nesta situação, quando passam a ser discriminados pela escola, pela sociedade e até pela família, baixam sua auto-estima; com a conseqüente diminuição de investimento da libido e do prazer de viver, a agressividade se torna prevalente, resultando em atitudes agressivas contra o ambiente social e contra si mesmos: um comportamento patológico da agressividade, com a presença de seus componente sádicos e masoquistas, gerando violências internas (vícios de toda ordem por exemplo) e externas (criminalidade).
Por isso não podemos pensar a falta de motivação para o estudo apenas do ponto de vista das dificuldades ambientais, como a falta de incentivo pela família, mas como uma doença psíquica, com componentes sociais e que como tal precisa ser abordada.
João Carvalho Neto
Psicanalista, autor do livro “Psicanálise da alma”
A DIFERENÇA ENTRE A FORÇA E A CORAGEM
É preciso ter força para ser firme,
mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender,
mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para manter-se em forma,
mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males,
mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso,
mas é preciso coragem para fazê-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho,
mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar,
mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver,
mas é preciso coragem para viver.
mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender,
mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para manter-se em forma,
mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males,
mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso,
mas é preciso coragem para fazê-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho,
mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar,
mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver,
mas é preciso coragem para viver.
A DIFICULDADE DE AGRADAR A TODOS
Muitas pessoas se comportam da forma que imaginam que agradará a todos.
Esta metáfora nos fala da impossibilidade de realizar este objetivo e sobre
a necessidade de confiarmos em nosso julgamento interno.
Em pleno calor do dia um pai andava pelas poeirentas ruas de Keshan junto com seu filho e um jumento.
O pai estava sentado no animal, enquanto o filho o conduzia, puxando a montaria com uma corda.
"Pobre criança!", exclamou um passante, "suas perninhas curtas precisam esforçar-se para não ficar para trás do jumento.
Como pode aquele homem ficar ali sentado tão calmamente sobre a montaria,
ao ver que o menino está virando um farrapo de tanto correr.
O pai tomou a sério esta observação, desmontou do jumento na esquina seguinte e colocou o rapaz sobre a sela.
Porém não passou muito tempo até que outro passante erguesse a voz para dizer:
Que desgraça! O pequeno fedelho lá vai sentado como um sultão, enquanto seu velho pai corre ao lado.
Esse comentário muito magoou o rapaz, e ele pediu ao pai que montasse também no burro, às suas costas.
Já se viu coisa como essa?, resmungou uma mulher usando véu. Tamanha crueldade para com os animais!
O lombo do pobre jumento está vergado, e aquele velho que para nada serve e seu filho abancaram-se como seu o animal fosse um divã.
Pobre criatura! "Os dois alvos dessa amarga crítica entreolharam-se e, sem dizer palavra, desmontaram.
Entretanto mal tinham andado alguns passos quando outro estranho fez troça deles ao dizer:
Graças a Deus que eu não sou tão bobo assim!
Por que vocês dois conduzem esse jumento se ele não lhes presta serviço algum, se ele nem mesmo serve de montaria para um de vocês?
O pai colocou um punhado de palha na boca do jumento e pôs a mão sobre o ombro do filho.
"Independente do que fazemos", disse, sempre há alguém que discorda de nossa ação.
Acho que nós mesmos precisamos determinar o que é correto".
Esta metáfora nos fala da impossibilidade de realizar este objetivo e sobre
a necessidade de confiarmos em nosso julgamento interno.
Em pleno calor do dia um pai andava pelas poeirentas ruas de Keshan junto com seu filho e um jumento.
O pai estava sentado no animal, enquanto o filho o conduzia, puxando a montaria com uma corda.
"Pobre criança!", exclamou um passante, "suas perninhas curtas precisam esforçar-se para não ficar para trás do jumento.
Como pode aquele homem ficar ali sentado tão calmamente sobre a montaria,
ao ver que o menino está virando um farrapo de tanto correr.
O pai tomou a sério esta observação, desmontou do jumento na esquina seguinte e colocou o rapaz sobre a sela.
Porém não passou muito tempo até que outro passante erguesse a voz para dizer:
Que desgraça! O pequeno fedelho lá vai sentado como um sultão, enquanto seu velho pai corre ao lado.
Esse comentário muito magoou o rapaz, e ele pediu ao pai que montasse também no burro, às suas costas.
Já se viu coisa como essa?, resmungou uma mulher usando véu. Tamanha crueldade para com os animais!
O lombo do pobre jumento está vergado, e aquele velho que para nada serve e seu filho abancaram-se como seu o animal fosse um divã.
Pobre criatura! "Os dois alvos dessa amarga crítica entreolharam-se e, sem dizer palavra, desmontaram.
Entretanto mal tinham andado alguns passos quando outro estranho fez troça deles ao dizer:
Graças a Deus que eu não sou tão bobo assim!
Por que vocês dois conduzem esse jumento se ele não lhes presta serviço algum, se ele nem mesmo serve de montaria para um de vocês?
O pai colocou um punhado de palha na boca do jumento e pôs a mão sobre o ombro do filho.
"Independente do que fazemos", disse, sempre há alguém que discorda de nossa ação.
Acho que nós mesmos precisamos determinar o que é correto".
Assinar:
Postagens (Atom)
-
Isabel Alarcão Professores Reflexivos em uma escola reflexiva, (pág. 81 a 83), Ed. Cortez, 2003 Tomando, como enquadra...
-
3 – Educação para a Cidadania e o Ecodesenvolvimento 1.O principal obstáculo a um desenvolvimento sustentado e a uma democracia pl...