quarta-feira, 11 de julho de 2012

INDISCIPLINA NA ESCOLA


“Analisando os recursos da cada escola, para a formulação de um projeto de intervenção, que poderá ser adaptado a diferentes realidades.”

INDISCIPLINA
A questão da indisciplina é muito ampla, demanda compreender o que esta levando o aluno a criar estes momentos que atrapalham o desenvolvimento em sala de aula. Na sondagem que estamos fazendo em nossa escola de tempo integral, percebemos vários fatores que contribuem para a indisciplina. Tínhamos a necessidade urgente de saber se possuíamos alunos não alfabetizados, daí designamos uma professora readaptada com experiência em alfabetização para aplicar uma avaliação diagnostica individual em alunos de todo ensino fundamental, previamente indicado, pelos professores no planejamento, cerca de quatro ou cinco por sala. Para nossa surpresa não há nenhum aluno não alfabetizado. Encontramos alunos desmotivados, com dificuldade de compreender a linguagem utilizada pelo professor, de reconhecer o significado de certas palavras para interpretar e desenvolver as atividades, casos de desajustes familiares, seqüência da matemática não compreendida e outros. Também percebemos a necessidade de alguns professores prepararem melhor suas aulas e mudar a metodologia utilizada de forma envolver todos os alunos. Para sanar estes problemas estamos chamando individualmente os professores para uma conversa reservada.
 “Segundo Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido, página 68, 27ª Edição, Editora Paz e Terra,“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, ele justifica que: ”O educador já não é apenas o que educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando, que ao ser educado, também educa. Ambos, assim, se tornam sujeitos do processo em que crescem juntos e em que os “argumentos de autoridade” já não valem. Em que para ser-se, funcionalmente autoridade, se necessita de estar sendo com as liberdades e não contra elas”.
Nesta citação apresentamos a estes professores que é preciso se envolver no processo e priorizar a aprendizagem. Conquistar o respeito do aluno não quer dizer impor determinadas exigências, gritos ou expulsão de sala de aula. Educadamente, centrado no seu conhecimento, com visão da totalidade da sala de aula, e das limitações encontradas em determinados alunos, conduzindo sua aula num clima de respeito recíproco e ao aluno a participar e se envolver também, onde ambos ampliam seus conhecimentos conseguindo assim a aprendizagem através da troca de conhecimentos e do respeito mútuo.
Por outro lado solicitamos a presença das famílias dos alunos indisciplinados. Juntos, pai ou mãe o aluno e a equipe gestora, buscamos compreender o que esta acontecendo com o aluno ou com o meio familiar ou social que está inserido e se há fatores perturbadores que estão vindos para a escola junto com o aluno contribuindo para sua desmotivação em relação à aprendizagem e desestrutura da sala de aula. Em determinados casos avaliamos com a família a necessidade de buscar ajuda profissional em seguimento médico.
Julio Groppa Aquino, Organizador, 10ª Edição, página 27, Editora Summus Editorial, selecionou e publicou um artigo de Leandro de Lajonquière, onde cita que: “Todo ato de “indisciplina escolar”, uma vez que é considerado justamente um epifenômeno de uma realidade psicológica individual, acaba motivando as interrogações seguintes: 1. deve-se encaminhar o aluno para uma avaliação clinica com vistas à descoberta das causas desse acontecimento? 2. deve-se “aplicar uma sanção” ou, simplesmente, “chamar a atenção”, na expectativa de contribuir para a correção do desenvolvimento das capacidades psicológicas”.
 Então no diálogo com a família e com o aluno, às vezes só com a família num primeiro momento, conduzimos uma reflexão sobre a necessidade de uma avaliação clinica que pode ser só do aluno ou da família também, em muitas vezes observamos casos em que um membro da família está agindo contribuindo para a revolta da criança. E em casos que não há necessidade dessa avaliação clinica, aplicamos uma “sanção” ao aluno explicando porque ele esta sendo advertido ou punido.
O próximo passo, uma vez terminado o diagnóstico, aquela professora readaptada também irá trabalhar com alguns alunos selecionados pelo grau de dificuldade de aprendizagem, na tentativa de recuperar a aprendizagem perdida de forma que entenda e esteja em igualdade com o restante da sala para acompanhar os demais alunos, sem utilizar de meios para chamar a atenção e dispersar a sala toda. Tudo isso faz parte de um processo longo, que demanda atenção dos gestores, que diante da indisciplina não deve se prender somente ao ato praticado, mas ao todo, ao contexto dos acontecimentos, apurando quem são os personagens envolvidos, aos fatores motivadores daquele ato indisciplinar, da intervenção do professor, do momento em sala de aula e dialogar com todos buscando sanar o problema que muitas vezes se repetem com os mesmos personagens.
 Mario Sergio Cortella, em Não Nascemos Prontos, Provocações Filosóficas, página 69, Editora Vozes diz que: “quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes”.
 Esta citação é para justificar todos os casos que já obtivemos sucesso e nos motiva segui adiante.



domingo, 1 de abril de 2012

Homilia de Bento XVI - Missa de Ramos


Domingo, 01 de abril de 2012, 15h50
Homilia de Bento XVI - Missa de Ramos - 01/04/2012
Boletim da Santa Sé


 
Homilia
Missa de Ramos
Basílica de São Pedro

Domingo, 01 de abril de 2012


Queridos irmãos e irmãs

O Domingo de Ramos é o grande portal de entrada na Semana Santa, a semana em que o Senhor Jesus caminha até ao ponto culminante da sua existência terrena. Ele sobe a Jerusalém para dar pleno cumprimento às Escrituras e ser pregado no lenho da cruz, o trono donde reinará para sempre, atraindo a Si a humanidade de todos os tempos e oferecendo a todos o dom da redenção. Sabemos, pelos Evangelhos, que Jesus Se encaminhara para Jerusalém juntamente com os Doze e que, pouco a pouco, se foi unindo a eles uma multidão cada vez maior de peregrinos. São Marcos refere que, já à saída de Jericó, havia uma «grande multidão» que seguia Jesus (cf. 10, 46).

Nesta última parte do percurso, tem lugar um acontecimento singular, que aumenta a expectativa sobre aquilo que está para suceder, fazendo com que a atenção geral se concentre ainda mais em Jesus. À saída de Jericó, na beira do caminho, está sentado pedindo esmola um cego, chamado Bartimeu. Quando ouve dizer que Jesus de Nazaré estava chegando, começa a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!» (Mc 10, 47). Procuram silenciá-lo, mas sem sucesso; por fim Jesus manda-o chamar, convidando-o a aproximar-se. «O que queres que Eu te faça?» - pergunta-lhe. E ele: «Mestre, que eu veja!» (v. 51). Jesus responde: «Vai, a tua fé te curou». Bartimeu recuperou a vista e começou a seguir Jesus pela estrada (cf. v. 52). Depois deste sinal prodigioso precedido pela invocação «Filho de David», de improviso levanta-se um frêmito de esperança messiânica no meio da multidão, fazendo com que muitos se perguntassem: Poderia este Jesus, que caminhava à sua frente para Jerusalém, ser o Messias, o novo David? Porventura teria chegado, com esta sua entrada já iminente na cidade santa, o momento em que Deus iria finalmente restaurar o reino de David?

Também a preparação da entrada, combinada por Jesus com os seus discípulos, ajuda a aumentar esta esperança. Como ouvimos no Evangelho de hoje (cf. Mc 11,1-10), Jesus chega a Jerusalém vindo de Betfagé e do Monte das Oliveiras, isto é, seguindo a estrada por onde deveria vir o Messias. De Betfagé, Ele envia à sua frente dois discípulos, com a ordem de Lhe trazerem um jumentinho que encontrarão no caminho. De fato encontram o jumentinho, soltam-no e levam-no a Jesus. Naquele momento, o entusiasmo apodera-se dos discípulos e também dos outros peregrinos: pegam nos seus mantos e colocam-nos uns sobre o jumentinho e outros estendidos no caminho por onde Jesus passa montado no jumento. Depois cortam ramos das árvores e começam a apregoar expressões do Salmo 118, antigas palavras de bênção dos peregrinos que, naquele contexto, se tornam uma proclamação messiânica: «Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai David! Hosana no mais alto dos céus!» (vv. 9-10). Esta aclamação festiva, transmitida pelos quatro evangelistas, é um brado de bênção, um hino de exultação: exprime a convicção unânime de que, em Jesus, Deus visitou o seu povo e que o Messias ansiado finalmente chegou. E todos permanecem lá, numa crescente expectativa da ação que Cristo realizará quando entrar na sua cidade.

Mas qual é o conteúdo, o sentido mais profundo deste grito de júbilo? A resposta é-nos dada pela Escritura no seu conjunto, quando nos lembra que no Messias se cumpre a promessa da bênção de Deus, a promessa feita por Deus originariamente a Abraão, o pai de todos os crentes: «Farei de ti um grande povo e te abençoarei (...). Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!» (Gn 12, 2-3). Trata-se de uma promessa que Israel mantivera sempre viva na oração, especialmente na oração dos Salmos. Por isso, Aquele que a multidão aclama como o Bendito é, ao mesmo tempo, Aquele em quem será abençoada a humanidade inteira. Assim, na luz de Cristo, a humanidade reconhece-se profundamente unida e, de certo modo, envolvida pelo manto da bênção divina, uma bênção que tudo permeia, tudo sustenta, tudo redime, tudo santifica.

E aqui podemos descobrir uma primeira grande incumbência que nos chega da festa de hoje: o convite a adotar a visão reta sobre a humanidade inteira, sobre os povos que formam o mundo, sobre suas diversas culturas e civilizações. A visão que o crente recebe de Cristo é um olhar de bênção: um olhar sapiencial e amoroso, capaz de captar a beleza do mundo e condoer-se da sua fragilidade. Nesta visão, manifesta-se o próprio olhar de Deus sobre os homens que Ele ama e sobre a criação, obra das suas mãos. Lemos no Livro da Sabedoria: «De todos tens compaixão, porque tudo podes, e fechas os olhos aos pecados dos mortais, para que se arrependam. Sim, amas tudo o que existe e não desprezas nada do que fizeste; (...) a todos, porém, tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor amigo da vida» (Sb 11, 23-24.26).

Voltando à passagem do Evangelho de hoje, perguntemo-nos: Que pensavam, realmente, em seus corações aqueles que aclamam Cristo como Rei de Israel? Certamente tinham a sua idéia própria do Messias, uma idéia do modo como devia agir o Rei prometido pelos profetas e há muito esperado. Não foi por acaso que a multidão em Jerusalém, poucos dias depois, em vez de aclamar Jesus, grita para Pilatos: «Crucifica-O!», enquanto os próprios discípulos e os outros que O tinham visto e ouvido ficam mudos e confusos. Na realidade, a maioria ficara desapontada com o modo escolhido por Jesus para Se apresentar como Messias e Rei de Israel. É precisamente aqui que se situa o ponto fulcral da festa de hoje, mesmo para nós. Para nós, quem é Jesus de Nazaré? Que idéia temos do Messias, que idéia temos de Deus? Esta é uma questão crucial, que não podemos evitar, até porque, precisamente nesta semana, somos chamados a seguir o nosso Rei que escolhe a cruz como trono; somos chamados a seguir um Messias que não nos garante uma felicidade terrena fácil, mas a felicidade do céu, a bem-aventurança de Deus. Por isso devemos perguntar-nos: Quais são as nossas reais expectativas? Quais são os desejos mais profundos que nos animaram a vir aqui, hoje, celebrar o Domingo de Ramos e iniciar a Semana Santa?

Queridos jovens, aqui reunidos! Em todos os lugares da terra onde a Igreja está presente, este Dia é especialmente dedicado a vós. Por isso, vos saúdo com muito carinho! Que o Domingo de Ramos possa ser para vós o dia da decisão: a decisão de acolher o Senhor e segui-Lo até ao fim, a decisão de fazer da sua Páscoa de morte e ressurreição o sentido da vossa vida de cristãos. Tal é a decisão que leva à verdadeira alegria, como quis recordar na Mensagem aos Jovens para este seu Dia - «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Flp 4, 4) -, e como se vê na vida de Santa Clara de Assis, que há oitocentos anos – exatamente no Domingo de Ramos –, movida pelo exemplo de São Francisco e dos seus primeiros companheiros, deixou a casa paterna para consagrar-se totalmente ao Senhor: com dezoito anos, teve a coragem da fé e do amor para se decidir por Cristo, encontrando n’Ele a alegria e a paz.

Queridos irmãos e irmãs, dois sentimentos nos animem particularmente nestes dias: o louvor, como fizeram aqueles que acolheram Jesus em Jerusalém com o seu «Hosana»; e a gratidão, porque, nesta Semana Santa, o Senhor Jesus renovará o dom maior que se possa imaginar: dar-nos-á a sua vida, o seu corpo e o seu sangue, o seu amor. Mas um dom assim tão grande exige que o retribuamos adequadamente, ou seja, com o dom de nós mesmos, do nosso tempo, da nossa oração, do nosso viver em profunda comunhão de amor com Cristo que sofre, morre e ressuscita por nós. Os antigos Padres da Igreja viram um símbolo de tudo isso num gesto das pessoas que acompanhavam Jesus na sua entrada em Jerusalém: o gesto de estender os mantos diante do Senhor. O que devemos estender diante de Cristo – diziam os Padres - é a nossa vida, ou seja, a nós mesmos, em sinal de gratidão e adoração. Para concluir, escutemos o que diz um desses antigos Padres, Santo André, Bispo de Creta: «Em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de arbustos que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu vigor, prostremo-nos nós mesmos aos pés de Cristo, revestidos da sua graça, ou melhor, revestidos d’Ele mesmo (…); sejamos como mantos estendidos a seus pés (…), para oferecermos ao vencedor da morte não já ramos de palmeira, mas os troféus da sua vitória. Agitando os ramos espirituais da alma, aclamemo-Lo todos os dias, juntamente com as crianças, dizendo estas santas palavras: "Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel"» (PG 97, 994). Amém!
 

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sábado, 24 de março de 2012

DIA DO METEOROLOGISTA – 23 DE MARÇO



O mundo e as variações climáticas – sol, chuva, frio, geadas, etc.
Aristóteles, filósofo grego, registrou as primeiras descobertas da prática da meteorologia, onde esta passou a ser conhecida e utilizada como definição de tudo aquilo que acontece no céu. Esses registros aparecem na obra “Meteorológica”, produzida 340 a.C.
A Organização Meteorológica Internacional (OMI), foi fundada em 1873, em Viena, na Áustria, durante a realização do 1º Congresso Internacional de Meteorologia.
A meteorologia é importante para nossas vidas, pois através dela os estudiosos conseguem fazer previsão do tempo, de possíveis acidentes e evitar catástrofes como enchentes, maremotos, tufões, tornados, dentre outros.
Através de estudos científicos, esses profissionais conseguiram desenvolver aparelhos próprios, que transmitem informações via satélite. Com isso, chegaram a atingir maior precisão para repassar essas informações às populações, através dos jornais escritos e televisivos.
Esses aparelhos estão espalhados por todo território nacional, além de serem dispostos em pontos estratégicos como navios e aviões, pois dessa forma conseguem informações da meteorologia em todo o mundo.
Os profissionais que atuam nessa área costumam desenvolver pesquisas abordando as mudanças climáticas, poluição do ar e suas consequências, frentes frias e quentes, formação das nuvens, mudanças climáticas, furacões, tempestades. Nessa área utilizam conhecimentos da matemática e da física, buscando entender as variações do clima, da temperatura e das alterações ocorridas na atmosfera.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola